EsporteFutebol

Bahia convoca conselheiros para apresentação da SAF

Depois de quase um ano de negociações, a diretoria do Bahia convocou, nesta terça-feira (20), os conselheiros para apresentar a proposta de formalização e venda da possível Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube ao fundo árabe City Football Group.  A cerimônia acontecerá sexta-feira (23), às 19h, no Museu do Bahia, na Fonte Nova.

Representantes do Grupo City chegaram a Salvador desde segunda-feira para discutir os detalhes da proposta. Eles estiveram no CT Evaristo de Macedo e se reuniram com dirigentes do Bahia. Hoje a comitiva esteve novamente ao lado da diretoria tricolor no centro de treinamento,  onde juntos acompanharam a partida do time sub-17 contra o Fluminense.

Após a apresentação da oferta aos conselheiros, o documento vai ser analisado pelo Conselho Deliberativo e pelo Conselho Fiscal, que emitirão um parecer sobre a proposta. A decisão final de venda ou não da SAF do Bahia para o Grupo City será decidida pelos sócios em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que ainda será convocada.

As negociações entre Bahia e Grupo City tiveram início em setembro do ano passado. Em dezembro, as partes assinaram um primeiro contrato. As conversas, no entanto, só foram reveladas em fevereiro deste ano.

Desde então, Bahia e Grupo City intensificaram as negociações e chegaram a um acordo. O último empecilho para o anúncio era a dívida que o Esquadrão tinha com o Banco Opportunity, que acionista do clube entre 1998 e 2006. O imbróglio foi resolvido em julho.

Em maio, representantes do City também estiveram na capital baiana para avaliar o negócio. Eles conheceram a Fonte Nova e patrimônios do Bahia, como o Fazendão e o CT Evaristo de Macedo.

Investimento
Com a possível chegada do Grupo City, o Bahia espera dar um salto no patamar financeiro e esportivo. Os valores da oferta ainda não foram divulgados, mas em abril o CORREIO apurou que o acordo prevê aporte de R$ 650 milhões por 90% da SAF do Bahia. O tricolor alega que a discussão principal foi baseada no projeto esportivo.

“Desde o ano passado, promulgada a lei, fomos buscar a concepção do que seria o melhor projeto para o Bahia. Avançamos muito e estamos muito próximos da construção desse projeto. Porque o Bahia não está no mercado atrás de um cheque. Estamos atrás de um projeto. As discussões da SAF no futebol brasileiro estão: “Tal grupo vai investir R$ 700 milhões, R$ 800 milhões, R$ 1 bi”. Isso não está no centro da nossa pauta. O centro da nossa pauta é: Qual é o projeto que nós queremos colocar para o sócio e sócia, para o conselheiro e conselheira analisarem. Dentro desse projeto está o dinheiro, é óbvio. Não se constrói um projeto vencedor, que mude o Bahia de patamar sem injeção de recursos. Mas o recurso não pode ser a única decisão”, explicou o presidente tricolor em entrevista concedida em março.

Deixe uma resposta