As fábricas asiáticas estão perdendo mão de obra

MUNDO

(Imagem: Bloomberg | Reprodução)

Seguindo a onda do filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, os jovens da Ásia não querem mais trabalhar em fábricas, gerando um problema para a indústria e para os consumidores do mundo todo.

O que está acontecendo? Mais instruídos que seus pais — e veteranos das redes sociais —, os trabalhadores mais jovens estão decidindo que suas vidas profissionais não devem se desenrolar dentro de paredes cinzas.

Basicamente, eles têm uma gama mais ampla de oportunidades que as gerações anteriores e, através da internet, passaram a flertar com outros estilos de vida e profissões.

Além disso, por terem menos filhos, esses jovens enfrentam uma pressão menor para ganharem salários estáveis, podendo fazer escolhas mais arriscadas ao longo da vida profissional.

A relevância: Pense que, se a tendência persistir, os consumidores de todo o mundo terão que se preparar para preços mais altos em praticamente tudo — desde roupas e eletrônicos até brinquedos e móveis.

Panorama da situação 🏭

Na China, o desemprego entre os jovens urbanos atingiu 21%, mas as fábricas continuam enfrentando escassez de mão de obra. No Vietnã, os salários nas manufatureiras mais do que dobraram desde 2011.

Só pra ter ideia, marcas como Lowe’s, Hasbro e até a Nike sinalizaram que o custo de seus produtos subiram devido às despesas com mão de obra na Ásia.

Fun fact: Pensando em driblar a situação, uma fábrica no Vietnã instalou janelas do chão ao teto, passando a fornecer aulas gratuitas de ioga, dança e até chá matcha à vontade para os funcionários. Vale do Silício, é você? risos.

O que mais é destaque pelo mundo?

• Iraque proíbe imprensa de usar a palavra “homossexualidade” e obriga o termo “desvio sexual”
• Deu ruim pro Petro? Popularidade de presidente da Colômbia cai para 33%
• China participa de negociações de paz e diz à Rússia que permanece “independente e imparcial” na guerra

Cúpula da Amazônia começa e busca consenso sobre exploração de petróleo

BRASIL

(Imagem: Ricardo Stuckert | Reprodução)

Começou a Cúpula da Amazônia. No encontro, que está acontecendo em Belém, no Pará, Lula recebeu chefes de Estado de países amazônicos — yep, ela não é só nossa — e mais alguns convidados.

O presidente começou o dia afirmando que a reunião visa promover o desenvolvimento sustentável na região e assegurar o lugar dos países amazônicos na agenda internacional.

• A maior parte da floresta (60%) está contida no Brasil, seguida pelo Peru com 13% e com partes menores na Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

Entre as principais pautas estão a definição de metas comuns para reduzir o desmatamento, combater o crime organizado e financiar o desenvolvimento da região.

Em sua primeira oportunidade, o presidente brasileiro ditou o tom do evento e reafirmou sua postura eco-friendly ao dizer que “a floresta não é um vazio a ser ocupado, nem um tesouro a ser saqueado.”

Quem foi convidado?

A Cúpula recebeu representantes dos 8 países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, ou, simplesmente, todos os que possuem o bioma em seu território — exceto a Guiana Francesa.

• Inclusive, Lula tinha uma reunião paralela e reservada com Maduro, mas o venezuelano desistiu de vir ao evento em cima da hora, por uma infecção no ouvido.

Por terem as maiores florestas tropicais depois da Amazônia, Indonésia, e República do Congo também foram chamadas. Alemanha e Noruega, depois das generosas doações ao Fundo Amazônia, foram igualmente convidadas.

👀 No que ficar de olho: A principal divergência é a exploração de combustíveis fósseis na região, já que ainda não há consenso entre os membros. O BR, por exemplo, considera explorar a margem equatorial, que vai do Amapá ao Ceará. A Bolívia é contra. Caso queira aprofundar…

O que mais é destaque pelo país?

• Anderson Torres depõe por 8 horas, responde a perguntas e defende seu plano de ação para 8/1
• Educação: MEC divulga possível aumento de 33% na carga horária do ensino básico
• Depois dos resultados do 2T… As ações do Grupo SBF, dono da Centauro e da operação da Nike no Brasil, caíram 25%

Tiktokers vão poder vincular seus vídeos de episódios de podcast

TECNOLOGIA

(Imagem: VinePair | Reprodução)

Podcasting 🤝 TikTok. Depois de tanto ver os usuários postando trechos de podcasts em sua plataforma com músicas motivacionais de fundo, o TikTok quer que os podcasters subam seus episódios diretamente em seu app.

Como assim? Imagine que o autor do seu podcast favorito possa fazer o upload do episódio completo no TikTok e ter vários vídeos curtos gerados automaticamente pelo próprio app.

• A ideia é facilitar um trabalho que já é realizado por quase todos os produtores de conteúdo em áudio atualmente — os famosos cortes.

Qual a relevância disso? O mercado de mais de US$ 10 bi de podcasts é amplamente dominado pelo Spotify, que hospeda os maiores shows da atualidade. Esse movimento pode ser o início de mudança.

Se todo mundo já grava pensando em postar os cortes, por que não fazer tudo no tico-teco? It’s genius, exceto… Pelo fato de que você ainda não está acostumado a abrir o TikTok como opção de ouvir podcasts.

O problema é: Com a distribuição massiva que o TikTok tem, de olho na viralização, os podcasts do futuro podem acabar se tornando uma mera fábrica de trechos curtos com teor compartilhável — e menos conteúdo verdadeiro.

De qualquer maneira, quando uma plataforma de mais de 1 bilhão de usuários ativos mensais resolve atacar uma indústria, todos os players se movimentam. Tudo pela sua atenção…