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Só a herança de Moro não explica a subida de Bolsonaro na pesquisa Ipespe

Jair Bolsonaro (PL) foi o grande beneficiário da saída de Sergio Moro (UB) da corrida eleitoral. Mas a retirada de seu ex-ministro não foi a única notícia boa para o presidente, que subiu entre os mais pobres, evangélicos e católicos e no Sul e Sudeste. De acordo com a pesquisa Ipespe, divulgada nesta quarta (6), ele tinha 26% no levantamento de 25 de março, quando Moro ainda estava na disputa. Agora, tem 30%. Por mais que não seja possível comparar pesquisas que apresentem um conjunto de candidatos diferente, os números apontam o que já era previsto, com parte dos votos ficando com o presidente e parte com Ciro Gomes (PDT), que passou de 7% para 9%, João Doria (PSDB), de 2% Jair Bolsonaro (PL) foi o grande beneficiário da saída de Sergio Moro (UB) da corrida eleitoral. Mas a retirada de seu ex-ministro não foi a única notícia boa para o presidente, que subiu entre os mais pobres, evangélicos e católicos e no Sul e Sudeste. De acordo com a pesquisa Ipespe, divulgada nesta quarta (6), ele tinha 26% no levantamento de 25 de março, quando Moro ainda estava na disputa. Agora, tem 30%. Por mais que não seja possível comparar pesquisas que apresentem um conjunto de candidatos diferente, os números apontam o que já era previsto, com parte dos votos ficando com o presidente e parte com Ciro Gomes (PDT), que passou de 7% para 9%, João Doria (PSDB), de 2% para 3%, e Simone Tebet (MDB), de 1% para 2%. Lula (PT) manteve-se estável com 44%.

Moro tinha 7% na última pesquisa. A margem de erro é de 3,2 pontos. É a primeira vez, desde o início da série histórica do Ipespe, em janeiro de 2020, que Bolsonaro registra 30% das intenções na pesquisa estimulada. Nem quando Moro não foi considerado na pesquisa, entre setembro e outubro do ano passado, o presidente atingiu esse patamar .

Ele também alcançou a maior marca na espontânea, na qual não são fornecidas opções ao entrevistado e mostra um voto mais consolidado, passando de 25% para 27%. Lula se manteve com 36%.

Na região Sudeste, o presidente foi de 25% para 31% e, na Sul, de 31% para 39%. Nas outras, permaneceu estável. Entre quem ganha mais de cinco salários mínimos por mês, Bolsonaro foi de 31% para 35%. Esses grupos demográficos reúnem parte significativa de antipetistas e moristas, que apostavam no ex-juiz como alternativa a Bolsonaro e Lula.

Mas a simples transferência de votos de Moro (um retorno para casa, na verdade, pois o lavajatismo apoiou Jair Bolsonaro na eleição de 2018), não explica totalmente a subida do presidente. Por mais que a inflação dos alimentos esteja alta e a renda média do brasileiro tenha caído quase 9% no último ano, segundo o IBGE, o ambiente para Bolsonaro está menos tóxico com o arrefecimento da pandemia, a geração de empregos (por mais lenta e informal que seja) e a queda no dólar.

 

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