Ricardo Neis, bancário que atropelou ciclistas em 2011 é preso em Santa Catarina
Foragido desde outubro do ano passado, o atropelador de ciclistas Ricardo José Neis, 56, foi preso nesta quarta-feira (13) na Lagoa da Conceição, em Florianópolis/SC, pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Capturas. Ricardo Neis, 56 anos, estava foragido desde outubro do ano passado.
Ricardo Neis foi encontrado na Lagoa da Conceição, em Santa Catarina. Ele é acusado de atropelar pessoas na Cidade Baixa, em Porto Alegre. Em 25 de fevereiro de 2011, Neis avançou com o automóvel sobre 150 ciclistas que participavam da Massa Crítica de Porto Alegre – o pedal pede, justamente, por mais respeito no trânsito.
Com o filho dentro do carro, o atropelador atingiu 17 pessoas. Em 2016, foi condenado por 11 tentativas de homicídio triplamente qualificadas e cinco lesões corporais e condenado a uma pena de 12 anos e 9 meses de reclusão. As chamadas “qualificadoras” das tentativas de homicídio são motivo torpe. Neis teria se irritado por ter a passagem bloqueada pelo grupo, o que foi confirmado por dezenas de testemunhas; meio que dificultou defesa das vítimas – Neis esperou ganhar distância do grupo para então acelerar e atingi-los pelas costas, além de perigo comum, já que o crime poderia ter causado ainda mais dano).
Além dos 150 participantes da pedalada, havia transeuntes, crianças e moradores do bairro Cidade Baixa, de onde o passeio sai mensalmente. O acusado chegou a ter sua prisão preventiva decretada, e foi preso na época dos fatos. Mas, depois de um mês, recebeu a liberdade provisória.
A decisão foi confirmada pela Terceira Câmara Criminal, em 2018, que representa a segunda instância judicial. O Ministério Público havia solicitado ao Tribunal de Justiça que ele fosse preso após o segundo julgamento. Porém, a 3ª Câmara Criminal negou o pedido. Com licença para dirigir suspensa desde 2011, foi flagrado em agosto de 2019, dirigindo na BR-101. O incidente motivou a Procuradoria de Recursos protocolou novo pedido de prisão.
Em outubro de 2019, foi expedido um mandado de prisão, após o presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha, determinar a execução provisória de pena. Foi quando Neis fugiu e nunca mais foi visto, levando as autoridades a começarem uma investigação.
O preso está sendo conduzido ao Deic no Rio Grande do Sul, para a realização das formalidades legais, e depois será encaminhado ao sistema penitenciário.