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Polícia investiga publicação de pornografia em aula online de escola particular em Ribeirão Preto Segundo mãe de aluno

Polícia Civil investigação publicação de pornografia em sala de aula online de escolar particular de Ribeirão Preto — Foto: Reprodução

A Polícia Civil investiga a publicação de conteúdo pornográfico no chat de uma sala de aula online de uma escola particular de Ribeirão Preto (SP). Uma mãe de dois alunos da instituição procurou o Ministério Público (MP) para denunciar o caso, que foi encaminhado à Promotoria Criminal.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o Centro de Inteligência da Delegacia Seccional de Ribeirão Preto investiga todas as circunstâncias relativas aos fatos. O inquérito corre sob sigilo.

Segundo o relato da mãe, que não quis se identificar, a publicação do conteúdo impróprio ocorreu em aulas do oitavo ano nos dias 27 e 29 de abril. Os filhos dela não fazem parte da turma, mas ela soube do caso em um grupo de pais no Whatsapp e decidiu levá-lo à Promotoria da Infância e da Juventude.

“Vídeos de conteúdo pornográfico e imagens foram inseridos durante a aula. Os pais entraram em contato com a escola, [que] orientou que fizesse um boletim de ocorrência, porque a escola não tinha o que fazer”, relata.

O SEB Coc informou que um assistente de professor que acompanhava a aula excluiu imediatamente o conteúdo. A escola disse ainda que abriu um processo disciplinar para apurar o caso e adotou novos procedimentos de segurança durante as aulas online.

Aulas à distância

Ainda segundo o relato da mãe, as aulas à distância começaram no dia 23 de março e, desde então, os pais começaram a reclamar de falhas no sistema adotado pela escola.

“Eles disponibilizam um link. Qualquer um que tem acesso a esse link entra na aula. Teoricamente, o professor tem que aceitar a entrada, só que eles não têm controle. Até pedem para colocar o nome do aluno e a série, mas vão aceitando. Aí começavam com gritarias, colocando imagens, músicas, interrompendo a aula a todo momento.”

A mãe relata que o conteúdo impróprio foi publicado com o nome de um estudante da própria turma, mas o pai do aluno entrou na chamada, avisou que estava acompanhando a aula e disse que não era o filho dele que tinha compartilhado as imagens pornográficas no chat.

“No meu entendimento, a responsabilidade é da escola, porque neste período eles teoricamente estão dentro da escola, então a responsabilidade era deles”, reclama. “Acredito que o professor tenha muita boa vontade, só que ele também não está treinado para trabalhar com essa plataforma.”

Por recomendação do decreto municipal com medidas para conter o avanço da pandemia, a instituição deu férias aos estudantes até 31 de maio.

Sem uma previsão para o retorno das aulas presenciais, a mãe espera mudanças na plataforma de ensino à distância por temer que os filhos fiquem sujeitos a conteúdo postado por invasores do sistema.

“O mínimo que a gente espera é que a escola disponibilize uma plataforma que dê o máximo de segurança para que esses alunos possam ter aula de qualidade [e] que possam ser realmente aproveitadas, porque da forma que está não existe aproveitamento.”

Fonte – G1

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